Pearls of Bellona - Parte 2 - uma obra de Yumi Flowers

Clique aqui para ler a parte 1  :

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A Historia a Seguir é fictícia e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência... ou não...



Ramona deu uma última olhada para o ônibus que desaparecia virando a esquina. O silêncio agora era intenso, nenhum inseto ou animal se atrevia a fazer qualquer barulho. Virou-se para seus três companheiros que agora mantinham os olhos uns nos outros, curiosos. Ninguém soltou um ruído, nem mesmo quando uma brisa gelada saiu do bosque atrás deles misturando-se com o ar quente do ambiente. Tudo que fizeram foi se aproximar… 
Nada. Tudo que conseguiram ver acima do pequeno morro de terra que separava a asfalto do bosque foram as árvores se estendendo mais e mais a metida que a situação os deixavam zonzos. Até que ouviram sons! Folhas se mexendo, e não era o vento dessa vez. Todos se afastaram, aos poucos pois a curiosidade era maior que o medo. E o barulho ficava cada vez mais alto, cada vez mais próximo, quando, seguida do suspense da vista das folhas e galhos se mexendo, surgiu, uma pessoa. Ferida? Quando finalmente pode sair do sufoco das árvores, sua exaustão não permitiu nem ao menos uma apreciação. Com um fechar de olhos seu corpo caiu exausto.

Em desespero, Ramona estendeu os braços, segurando o estranho que caiu quase como um pulo.

-Ah! O que?- Soltou quando ganhou equilíbrio suficiente para apoiá-lo no chão.
Ela não conseguiu dizer mais nada. Em seus braços agora estava um garoto visivelmente ferido, sentiu suas mãos tocarem em cortes profundos. Não era mais alto que ela e tinha uma leveza impressionante, aparentava ter a mesma idade. Não podia se concentrar na aparência devido a surpresa, mas percebeu coisas estranhas. Sua pele era muito clara, branca como papel e seus cabelos seguiam o mesmo esquema. Os olhos da menina chegariam a doer se não fosse o líquido vermelho espalhando e misturando-se sobre as vestes medievais de cores neutras e claras, que vinham acompanhadas de uma capa velha e rasgada. Ficou apenas a segurá-lo sem reação enquanto observava os outros se recuperarem da surpresa e começarem a socorrer o ferido.
Ei! Você está bem? O que aconteceu?- Ouviu alguém dizer enquanto sentia o corpo sendo tirado de seus braços e observando a pessoa gemer de dor enquanto era encostado no barranco do qual cairá, ele abriu os olhos lentamente em uma tentativa inútil de entender sua própria situação e, depois de um longo minuto, conseguiu dizer:
—tenho que sair… daqui… ele, ele está chegando…
—Quem? — Perguntou uma das garotas, que junto com os outros dois agora formavam um círculo cercando a pessoa misteriosa
Parecia obvio ao jugar pela situação, mesmo assim, sentindo um frio na barriga, nossa heroína soltou, quase que aleatoriamente uma ordem, fazendo todos obedecerem:
—SHIII, Silêncio! Ouviram isso?
Aproximou o olhar para a floresta de forma tímida, agora dando passos e finalmente subindo o obstáculo de terra, afastando o suficiente para não cair deste, mas não ao ponto de adentrar na morada das árvores além do que sua coragem permitia. Os outros continuaram ao lado do estranho e com o tempo pode-se ouvir um barulho quase inexistente que fez todos pensarem que era apenas fruto de suas mentes assustadas. Entretanto, este pensamento sumiu quando lembraram da aparecia do garoto, que agora tremia e se encolhia cada vez mais sem conseguir segurar um gemido de desespero, aliado ao som que se tornava cada vez mais real, mais próximo. O som lembrava um besta, como o barulho de monstros clichês de filmes de terror antigos ou, para as mentes menos criativas, um rouco, o áspero e finito rugido de Leão. Todos perceberam de onde vinha. Com os instintos a flor da pele e incentivada pelo grito de aviso que o ferido soltou de repente, nossa heroína desviou, com um pulo lateral, de algo que só reconheceu quando equilibrou-se novamente evitando cair no asfalto ao segurar o galho de um arbusto qualquer.
Seus olhos não podiam acreditar no que estava vendo! Reconhecem pelos livros e jogos que tanto gostava.
Um ogro! Um ser corcunda com cerca de 3 metros de altura, tinha uma barriga tão grande quanto e seus músculos eram repletos de cicatrizes e bolhas nojentas. Era asquerosa a forma como se mantinha em pé, mancava de umas das pernas e possuía ferimentos recentes, o que não atrapalhava nem um pouco a sua postura assustadora. Havia dois dentes inferiores que saltavam da boca imunda, um de seus olhos emanavam fúria enquanto o outro era coberto por outra cicatriz também recente. 
Rugiu novamente, direcionando o olhar para a menina que quase acertara e depois o estranho de cabelos brancos, caído no chão indefeso, fixando ainda mais o olhar odioso o monstro partiu em ataque ao menino e às três pessoas que cujo receio de abandonar o ferido ou apenas a surpresa não os permitiu fugir. Equipado de seu bastão, ele atacou com todas suas forças. Ramona levou as mãos ao rosto e soltou um grito acreditando ser o fim, entretanto, ao abrir os olhos, viu outra coisa inacreditável, um campo de força agora cobria os que pensou que estavam mortos, e em uma postura quase gloriosa – se não fosse os ferimentos –, com as mão esticadas à frente, em direção ao ogro, o de cabelos brancos olhava com destreza para o atacante. Será que foi ele o criador das cicatrizes nesta monstruosidade? Uma simples criança, tão magricela? E os ataques continuaram um atrás do outro, mas ele manteve o escudo com desdém e os protegidos ficaram boquiabertos. Ramona, no entanto, podendo observar melhor do ângulo em que estava, percebeu a exaustão do estranho, ele estava ferido, o escudo não duraria. O que faria? Buscar ajuda? Eles aquentariam até lá? Quando uma rachadura se formou no campo de força, percebeu que não podia mais pensar. Abaixou-se, pegou uma pedra que acreditou ser grande o suficiente e jogou em direção ao bicho, acertando a cabeça e, finalmente ganhando sua atenção, gritou:
—Ei! Seu estúpido! Por que não meche seu traseiro gordo e vem enfrentar alguém de verdade? Aposto que venço sem os dois olhos, ou talvez um…
Quando teve certeza que conseguiu o que queria, ela adentrou à floresta e logo atrás um ogro de 3 metros mais irritado que nunca




Continua...

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